domingo, 22 de maio de 2016

É Tom, é Jobim: é a promessa de música no teu coração




Tom Jobim por Otto Stupakoff (Acervo IMS)

“Há um grande perigo no sujeito que acredita em ideias”, dizia Tom Jobim. Há um grande perigo no sujeito que apura a escuta em busca da criação de harmonias. Tanto as ideias quanto as harmonias podem mudar o rumo das águas das estações e o destino das músicas que vamos ouvir ao longo da vida.

Qual seria o lugar de criação de um artista influenciado por Debussy, Stravinsky, Ravel, George Gershwin, Cole Porter, Heitor Villa-Lobos, Radamés Gnattali, Custódio Mesquita e Dorival Caymmi? Esse homem voltou-se para si nas areias cantantes de Ipanema, nos caminhos da natureza do Jardim Botânico (o quintal da casa de Jobim), no silêncio inspirador de Poço Fundo (retiro da família) e nas possibilidades estrangeiras e artísticas inovadoras de Nova Iorque. Tom dizia que a cidade “era uma fazenda, mas ficava contente quando alguém o reconhecia”. Lugares onde ele desbravou o imaginário (a genialidade) de si no outro, nas paisagens de nossos imaginários e nas criações de canções de câmara, fundo musical de filmes, música sinfônica, samba-canção, choro e até bossa-nova. Um acervo conquistado pelo exercício da técnica, pelas parcerias e pela contemplação do mundo que o levaram a uma sublimação do conceito de boa música.

O artista Jobim no ser humano Tom-Tom (como era chamado por sua irmã Helena) representa a comunhão de dois lugares de um mesmo personagem genial. A obra e a vida de Tom são contaminadas por uma fantasia da ordem da desprivatização, um conceito apresentado por Norbert Elias em seu estudo sobre o gênio criativo Mozart. Todo o sentido da arte jobiniana é imbuído da busca de algo que está além de si próprio: a harmonia musical, o sentido da natureza, a beleza contida nos meandros da vida de todos nós.

Essa desprivatização, que também pode ser denominada de sublimação, é a busca da fantasia na relação com seu material de afeto (a música), em uma dimensão na qual haja a comunhão entre o artista, o objeto e a sociedade, um encontro de consciências de intensa ressonância no mundo. Na visão de Elias, “(...) o artista avança por um caminho pelo qual nunca passou antes, e, no caso do grande mestre, pelo qual nunca ninguém passou. Os criadores de arte fazem experiências. Testam suas fantasias no material, no material de sua fantasia que está sempre assumindo novas formas”. A música que ressoa pelo mundo de Tom é a música que ressoa no acervo sonoro de todas as tribos. Tudo aquilo que revoluciona, que pretende ser moderno, com o passar do tempo se torna clássico. E olha que o clássico não para de se tornar moderno.


A invenção de Tom nas harmonias do Brasil


O carioca Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim teve dois nascimentos: o primeiro, na Tijuca; e o segundo, depois de um ano, com a mudança da família, em Ipanema. Jobim percorre o apuro estético da música clássica e da canção americana e lança uma arte musical que promove o refinamento dos sentidos e emoções da alma do homem e da natureza. 

A música de Jobim reflete a delicadeza e as formas harmônicas da paisagem natural. Ela dá voz ao silêncio das nobres epidermes da natureza e seduz os seres cantantes a entoar canções. A música jobiniana reflete o afeto e o sentido da paisagem humana. O cotidiano e a mulher vivem seus momentos de glória. Jacques Morelenbaum descreve assim o temperamento de Tom: “Era um intelectual que gostava de ir para a banca de jornal da Farmácia Piauí, no Leblon, bater papo com o jornaleiro. Isso traduz a música dele. Toda a sofisticação harmônica e, ao mesmo tempo, a melodia de um cara do povo”. Essas são visões de um paraíso possível, alimentadas por doses de uísque com Sérgio Buarque de Holanda e pelas sugestões do Carmelo de comprar uma favela, paraíso materializado em música esculpida. Jobim tornou-se um clássico das harmonias visitadas. 

Tom nunca comprou uma favela, mas, em 1956, convidado por Vinícius de Moraes, criou as músicas da peça Orfeu da Conceição, ambientada numa favela do Rio de Janeiro e apresentada no Teatro Municipal, com cenários do arquiteto Oscar Niemeyer. Aposto que Carmelo nem sabia disso. Niemeyer quis entrar nessa empreitada de gênios e testar suas míticas curvas ao som de canções que celebravam o amor e a beleza das mulheres. Na realidade, pouca mulher para muito desejo de nossos artistas. Tom também criou uns acordezinhos na arquitetura, mas a arte da música ganhou mais com suas composições espaciais: sonoridades que deflagram o espaço e o tempo de uma época. 

O mito grego de Orfeu e Eurídice é revisitado pelos sambas de Tom e Vinicius durante um carnaval carioca repleto de harmonias e descompassos amorosos. Mais tarde a peça virou filme, Orfeu negro, sob a direção de Marcel Camus, e ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro e a Palma de Ouro em Cannes. Tom não para de compor para cinema: suas músicas são verdadeiras sinfonias de imagens cantantes. Foi até chamado por Glauber Rocha para fazer o papel de Paulo, o poeta do filme Terra em transe. Acabou não virando galã de cinema. As sinfonias de Tom são as sinfonias das cidades, das mulheres e da natureza que emanam do Rio de Janeiro. 

O refinamento da harmonia vem desde os 13 anos, com a chegada de um velho piano ao qual se entregou em experimentos e estudos; antes disso, arrumou uma gaita de boca. O piano acompanhou e formou um artista obsessivo, imbuído de invenção, mas embasado em técnica musical associada à consciência de artista e de homem de seu tempo. Aliás, os pianos eram fartos como os charutos, ou menos fartos: dois pianos de armário e dois de cauda, sendo um da marca Yamaha e o outro Steinway.

Hans-Joachim Koellreutter (introdutor da música dodecafônica no Brasil), Lucia Branco, Tomás Tehran e Paulo Silva foram os encorajadores de Tom em sua autoanálise estética, na qual tentava harmonizar o mundo por meio de obras musicais que não se transformaram em utopia. A música seguia o que já se apresentava em estado harmônico, rebatendo a harmonia da natureza e de seus reflexos no contexto social. E isso se traduz nas palavras de Elizabeth Jobim: “Com aquele jeito de observar a natureza, a paisagem, a cor de uma borboleta, ele falava também sobre as cores dos acordes”. O som do lugar constitui material sensível das partituras do maestro impressionista. Impressões da peroba do campo, do nó da madeira. 

A sensibilidade aguçada desde menino induziu-o a um estado de quietude profunda nos caminhos de meditações para além das matas. Jobim tinha que ficar um pouco sozinho: “Porque eu, quando era garoto, gostava de subir numa árvore e ficar quieto lá em cima. Gostava de subir no telhado (...). Tinha um pouco de um caráter meditativo”. O encontro com a música trouxe a vivência nas árvores e nos telhados da imaginação para a experiência com a composição: melodia, uma meditação sobre a flutuação dos acordes. Uma sinfonia de percepções acerca da formação da sonoridade dos lugares. Jobim precisava se defrontar com a infinitude do tempo presente e desenhar partituras de um som ainda não audível, de palavras ainda não ditas.

O sentido da escuta faz parte da visão criativa de Tom. Ele dizia que “todo compositor compõe de ouvido, a música é uma arte do ouvido, não uma arte visual”, mesmo que suas canções (sonoridades) sejam impregnadas de paisagens da memória ou paisagens sugeridas: a criação de imagens brasileiras, um cinema sonoro que vemos e ouvimos ao nosso redor.

A precisão econômica da dosagem musical (o mínimo) em prol do máximo de emoção faz de suas músicas exemplos de uma arte condutora dos estados de espírito do homem pelos caminhos da inspiração. O silêncio, enquanto intervalo para uma escuta de sons profundos e elemento de criação, é uma conquista do artista e do homem comum em sua busca de liberdade, embora Tom lamente os incessantes apelos da propaganda: “O fato é que as liberdades individuais estão desaparecendo. Inclusive a liberdade de você ficar quieto, nem essa existe mais. Nem o direito ao silêncio você tem: se você for à Floresta da Tijuca, tem um sujeito com um radinho de pilha que está anunciando um produto. E na praia deserta da Barra da Tijuca, tem também outro radinho de pilha. No carro também tem outro. Em toda a casa tem uma televisão ligada para dizer que pasta dental você deve usar, que gilete, que produto você deve vestir. Acho que tudo isso cerceia a liberdade”.

A quietude é repleta de sonoridades, e ao mergulhar no mar do nada (no vazio) encontramos sons primordiais que podem se transformar em partituras de intenso prazer e valor estético musical. A harmonia tão curtida de Tom é um resto de som na luz da manhã.

John Cage provavelmente acharia Tom um artista desconectado de seu tempo, um purista alienado. Mas o olhar harmônico (confortante) de Tom não casava com o olhar perturbador de Cage, que declarava: “O silêncio não existe”. Para Tom, a natureza e o coração (os afetos sociais) são o lugar do silêncio, das harmonias condutoras de estados de graça. Já para Cage, esses estados de graça extrapolam o lugar paradisíaco jobiniano para sacralizar os sons ambientais inesperados. Todos os sons, inclusive os ruídos, constituem uma linguagem musical. O importante é ter uma postura de quem escuta a realidade sonora do mundo. Cage achava que a música deveria ser uma arte crítica de seu tempo em vez de apenas uma estética confortante. Tudo é uma questão do lugar da harmonia ou, como dizia Cage, “a arte é uma espécie de estação experimental em que a gente ensaia viver”. Mas o barulho incomodava e muito o harmonioso Tom. E o radinho, como era irritante...

A experiência com a composição, mais especificamente com o uso da palavra, faz de Tom um brincante cheio de bossa, investindo nos usos e desusos da língua portuguesa. Amante da semântica, dos trocadilhos e das invenções linguísticas de João Guimarães Rosa, ele tece um mosaico instigador de descobertas de um novo sentido das palavras – uma bossa nova para provocar as certezas do alcance das palavras musicadas: “é madeira de vento... é o vento ventando... festa da cumeeira...”. É um sopro de substantivos que joga nos ouvintes uma enxurrada de palavras expatriadas. Sonoridades buriladas pela troca do lugar usual das palavras em união estável. Uma orgia semântica fechando o verão. 

Com 36 anos Villa-Lobos foi para Paris. Com 36 anos Tom Jobim foi para Nova Iorque. Em 1962, acontece o histórico e imprevisto concerto da bossa-nova (new Brazilian jazz por lá) no Carnegie Hall. O violão gago (a dissociação entre o ritmo da voz e do violão) sai do território nacional e mostra uma maneira nova de tocar: o samba de bossa nova influenciado pela música clássica e o jazz. Tom Jobim, João Gilberto, Carlos Lyra, Roberto Menescal e Sergio Mendes levam para o EUA um ritmo que marca uma ruptura estética com o samba tradicional e que agora aparece com uma letra mais sofisticada (uma poesia erudita), sob o olhar de jovens de classe média branca da cidade. A origem de todo esse movimento vem de João Gilberto, com seu jogo rítmico entre o violão e a voz. A primeira obra com criações no estilo bossa-nova é Chega de saudade, de João Gilberto, com arranjos e direção artística de Tom Jobim. 

Tom Jobim e João Gilberto têm em comum a questão do toque sutil. Um toque que transforma a produção sonora do objeto musical criando novas sonoridades, trazendo mais potência aos sons criados. Thereza, a primeira mulher de Tom, diz que esse gesto se denomina touchet, que é uma maneira de produzir o som com delicadeza. Mas, sem dúvida alguma, é um gesto resultante da contestação do estabelecido, do apuro técnico, do estudo das nuances musicais e de suas possibilidades artísticas. Um toque de gênios, de Midas, criando sonoridades que conduziram a uma nova escuta e à produção de sensibilidades que foram além de seu tempo. Uma delicadeza fortalecida pelo domínio técnico e pelas incertezas da criação.

Em 1966, estava Tom no Bar Veloso (atual Garota de Ipanema) quando um garçom, que não era o seu sósia, avisa que tinha um gringo ao telefone querendo falar com ele. A princípio, pensando que era um trote, recebe o convite de Frank Sinatra para gravar o álbum Francis Albert Sinatra and Antonio Carlos Jobim, com composições e acompanhamento de Jobim: “Quero fazer um disco com você e quero saber se você acha isso interessante (...). Você me acompanha ao violão?Apesar de sua preferência pelo piano, Tom acaba aceitando acompanhá-lo ao violão. 

Esse álbum foi eleito pela crítica norte-americana o disco do ano de 1967 e estava em segundo lugar em vendas, perdendo apenas para o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. O peso artístico do álbum era inquestionável: Garota de Ipanema, Dindi, Corcovado, Meditação, Inútil paisagem, Insensatez, Amor e paz, e mais as memoráveis Change partners (Irving Berlin), I concentrate on you (Cole Porter) e Boubles, bangles e beads (Wright e Forrest). Uma voz e canções do mesmo quilate. Dois gênios que se ajustaram e sublimaram o humor e as agendas. Sonoridades irmãs do primor técnico e da beleza, levando-nos a voar ao som de Fly me to the moon.


Do interior da casa rumo ao sertão


As casas de Tom são os lugares da intimidade dos amigos, da família e da sonorização de seus afetos – canções emblemáticas de um tempo: “Vou fazer a minha casa/do alto de uma canção/e agradecer a Deus Pai/ a sobrante inspiração”. A importância da casa em seu percurso de vida não se dá somente na esfera do afeto (uma casa de oração) e no ato de criação, mas também no tocante à técnica, em que se faz presente o arquiteto. 

Tom participou ativamente do processo de concepção e construção de suas moradias. Em 1972, as seguintes especificações foram passadas por Tom ao arquiteto Wilfred Cordeiro para a construção da casa de Poço Fundo: “O sol da manhã devia bater nas janelas dos quartos; a parede sul devia ser cega, por causa do vento e das chuvas de verão; os quartos isolados do chão, para evitar umidade; telhas coloniais grandes em teto sem forro, pé-direito de sete metros de altura; degraus nas portas de entrada, para evitar cobras”.

O cuidado e o esmero com a construção de suas casas são da mesma ordem com que ele constrói suas canções. São criações nascidas clássicas devido à consciência da harmonia da casa com a natureza e os afetos e da música com seu passado harmônico e as almas do povo e da natureza. É a alegria da criação em pé de igualdade com o divino: “é a viga, é o vão, festa da cumeeira”.

A casa enquanto sede de suas saídas para olhar o mundo e conhecer a cultura dos sertões que estão em toda parte. Tom admirava o letrado Guimarães Rosa, que ousava na apropriação do imaginário do homem simples em suas articulações orais – palavras que revelam a musicalidade do espírito de um lugar. Ir ao encontro dos interiores do mundo, onde o acervo genuíno da linguagem e do gesto demarca o movimento de vozes que transpiram eloquência vital e definem as partituras das canções. 

A natureza, esta terra das palmeiras onde canta o Matita Perê, está clamando pelas andanças de homens espirituosos que redescubram a alma do Brasil: “Eu não trabalho com folclore, mas acredito que nos dias de hoje ainda é possível a um músico jovem sair daqui do Rio e, em vez de ir para Paris ou Nova Iorque, ir para o Brasil e através do folclore compor uma obra sólida como é o exemplo do Villa-Lobos”.

Tom desbravou o mundo das janelas de suas casas e de vez em quando dava uma saída pelos arredores – os quintais, até onde aguentavam os seus pés. De qualquer forma sua imaginação ia bem longe. Afinal, dizia ele: “Há sessenta anos que eu vejo o mico sagui pulando aí do galho”.

É um regato, é uma fonte, é um peixe, é um gesto (...)”: são alguns dos elementos do discurso de Tom em um momento de celebração da natureza, do interior do Brasil, constituído por um repertório de canções ecológicas. Chovendo na roseira, Boto, Correnteza, Passarim, Rancho das nuvens, Nuvens douradas e Águas de março formam o núcleo Debussy da obra de Tom, devido à relação do músico e compositor francês com a natureza e às  respectivas influências estéticas de Debussy em seu processo criativo.

No ano de 1972, em um momento de pouca alegria em sua vida, Tom escreve o poema Águas de março num pedaço de papel de pão, no sítio de Poço Fundo. As limitações de humor são superadas por um súbito de criação que o leva a vislumbres de alegria e a promessas de encanto na garrafa de cana e na prata brilhando: é a chegada de um belo horizonte. As influências para a composição da obra vêm do término do verão em Poço Fundo, da construção da casa, do episódio da epopeia sertanista do século XVII no poema “O caçador de esmeraldas”, do mestre parnasiano Olavo Bilac: “Foi em março, ao findar das chuvas, quase à entrada/ Do outono, quando a terra, em sede requeimada/Bebera longamente as águas da estação,/Que, em bandeira, buscando esmeraldas e prata;/À frente dos peões filhos da rude mata,/Fernão Dias Pais Leme entra pelo sertão”. E vêm também do trecho de um canto de macumba: “É pau, é pedra, é seixo miúdo, roda a baiana por cima de tudo”, gravado com sucesso por J.B. de Carvalho, do conjunto Tupi.

Nesse cruzamento de criação percebemos o diálogo do erudito com o popular, em que se alternam versos pontuados pelo otimismo e pessimismo. Uma tensão narrativa (harmônica) de um artista diante da dor do mundo e da revelação semântica que clareia esse mesmo mundo. Um processo de alquimia entre o cotidiano e a natureza no interior dos estados d’alma. Um ensaio sobre a poética do humano em intervalos expressivos e plásticos. “O samba mais bonito do mundo”, pelo olhar de Chico Buarque.

Uma criação em tom confessional diante de ingredientes da cultura e da natureza que se misturam em movimentos de irmandade, resultando em um amálgama afetivo do estar presente no mundo. Águas de março é um poema-ensaio sobre os ciclos da percepção (da memória) de um homem sensível, atento à simultaneidade das experiências do tempo de criação. Rachel de Queiroz fala sobre os caminhos da canção em sua vida: “Coisa bela, estranha e dura. Fere o coração com um toque de pedra e depois o afoga na cheia das águas. Promete e recorda, memória de infância e angústias da força do homem. Num velho pode suscitar angústias antigas”. Um desabafo, uma elucubração sobre as águas do pensamento e da emoção.

 As canções de Tom estão por aí a embalar o molejo e a sedução das garotas de Ipanema, a afinar os possíveis desafinados, a desafiar o Carmelo na procura do paradeiro do sabiá, a clamar pela sempre eterna Gabriela, a fazer chegar sensatez ao desprovidos de bossa, a iluminar os poetas a achar um cantinho para tocar violão, mesmo que seja à base de Coca-Cola, e a convencer o vento a meditar sobre as águas da inspiração.












 


4 comentários:

  1. Texto lindo meu amigo..Amo Tom e me emocionei. Beijos

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  2. Uma primeira leitura foi um passeio com Tom.E que pede um segundo. Vou ler de novo!

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